terça-feira, 15 de junho de 2010

Falando das Empresas: Se paga salários mínimos, a falência está à porta

Se tem uma empresa com muitos trabalhadores a ganhar o salário mínimo , então tem mais probabilidades de ir à falência. A explicação está no facto dessas empresas terem dificuldade em reagir a choques externos ajustando os ordenados.

"Há empresas que não podem baixar os salários. Se uma empresa que paga salários acima da média tiver de enfrentar quebras na procura pode ajustar os ordenados, mas as empresas que pagam salários mínimos não têm 'almofadas' que lhes permitam absorver os choques negativos", explicou Pedro Portugal, um dos autores de um estudo publicado pelo Banco Central Europeu.

O economista salientou ainda que estas empresas são tipicamente mais vulneráveis e apresentam um menor investimento em capital humano.

Pedro Portugal e Anabela Carneiro analisaram os dados dos Quadros de Pessoal do ministério do Trabalho, que incluem todos os trabalhadores que foram despedidos devido ao encerramento das empresas onde trabalhavam em 1994, 1995 e 1996 e concluíram que os salários têm impacto nas taxas de falência.

Os investigadores salientam que, perante a ameaça de desemprego, os trabalhadores estão disponíveis para negociar os salários e fazer concessões.

Se a probabilidade de encerramento duplicar, por exemplo, os salários baixam em média 6%.Mas a existência de um elevado número de trabalhadores a receber salário mínimo pode impedir que se façam ajustamentos salariais que permitam dar resposta aos impactos externos desfavoráveis, acelerando assim a decisão de encerrar.

Mas pagar salários acima do que é normal também tem riscos: as empresas que praticam salários mais altos enfrentam taxas de falência superiores às das que pagam menos.

Cerca de 13% dos trabalhadores das empresas analisadas neste estudo recebiam salário mínimo.

Feitas as contas, não é tempo para "brincadeiras". Pequenas, médias ou grandes empresas, todas devem velar pela sua gestão e pela manutenção dos seus funcionários.

Falando das Empresas: O Núcleo Brasileiro de Estágios - Nube realizou a mais ampla pesquisa “Valores pagos aos estagiários do Brasil”


O Núcleo Brasileiro de Estágios - Nube realizou a mais ampla pesquisa “Valores pagos aos estagiários do Brasil” e revela a média de bolsa-auxílio paga por empresas de pequeno, médio e grande porte em 2010. O levantamento foi feito com 16.328 estagiários de diferentes níveis do país, entre 22 de março a 23 de abril.

Nível Médio Técnico:
1º. Química: R$ 693,51
2º. Técnico em Segurança do Trabalho: R$ 685,31
3º. Construção Civil: R$ 620,83
4º. Mecânica: R$ 615,93
5º. Eletrotécnica: R$ 562,27
6º. Edificações: R$ 562,24
7º. Automação Industrial: R$ 548,35
8º. Mecatrônica: R$ 543,95
9º. Telecomunicações: R$ 536,56
10º. Informática: R$ 511,74

Nível Superior:
1º. Engenharia: R$ 1.022,30
2º. Relações Internacionais: R$ 1.008,38
3º. Economia: R$ 999,27
4º. Química: R$ 897,45
5º. Arquitetura e Urbanismo: R$ 896,35
6º. Biblioteconomia: R$ 883,60
7º. Nutrição: R$ 880,40
8º. Estatística: R$ 864,70
9º. Ciências Atuariais: R$ 817,61
10º. Matemática: R$ 802,12

Nível Superior Tecnólogo:
1º. Secretariado: R$ 958,98
2º. Mecânica: R$ 906,03
3º. Construção Civil: R$ 896,95
4º. Mecatrônica Industrial: R$ 831,89
5º. Processamento de Dados: R$ 791,03
6º. Comércio Exterior: R$ 788,79
7º. Gestão Ambiental: R$ 772,46
8º. Tecnologia em Alimentos: R$ 765,00
9º. Sistemas de Informação: R$ 655,00
10º. Redes de Computadores: R$ 627,00